- SOBRE
- MAIS
- BAIXAR
PREFÁCIO
(excertos)
(excertos)
A necessária reforma litúrgica empreendida pelo Concilio
Vaticano II resultou, sem dúvida, numa grande redução no emprego do canto
gregoriano nas funções da Igreja Romana. Não se deve esquecer, porem, que o
Concilio não o desaconselhou mas, ao contrário, em sua Constituição sobre a
Sagrada Liturgia, afirmou que “a Igreja reconhece o Canto Gregoriano como
próprio da liturgia romana. Portanto, em igualdade de condições, ocupa ainda o
primeiro lugar nas ações litúrgicas” (cf. Constituição Sacrosanctum Cortcilium, n° 116). Determinou
também que fosse completada a edição típica dos livros de canto gregoriano e
que se preparasse edição mais crítica dos livros publicados depois da reforma
de S. Pio X (cf. n° 117).
Se o estudo do canto sacro, especialmente do gregoriano,
continua a ocupar importante lugar na formação litúrgica dos sacerdotes,
religiosos e fiéis leigos (cf. n° 115 da citada Constituição), não se pode
dizer que aí termina o interesse por tal gênero de música. De fato, ao lado dos
que se voltam ao estudo do canto gregoriano porque nele reconhecem o canto
próprio da liturgia romana, muitos outros há que a seu estudo se dedicam porque
sabem não ser possível uma formação musical séria que não leve em conta essa
expressão, que foi a base do edifício da moderna música ocidental, religiosa ou
profana.
Formou-se o repertório autêntico gregoriano na alta Idade
Média, influenciado inicialmente pela música da Sinagoga e das Igrejas
Orientais. Transmitida, no início, apenas por tradição oral, pouco a pouco a
música gregoriana foi sendo colocada em pergaminhos, através de notações que
hoje chamamos “semiológicas”. Porém, por volta do século XI, experimentou o
gregoriano o início de uma decadência que alcançaria seu ápice nos séculos XVII
e XVIII, quando não restava senão uma imagem deformada das melodias primitivas.
No final do século passado, o papa S. Pio X incentivou um
movimento de restauração do canto gregoriano, iniciado cerca de meio século
antes por monges do mosteiro beneditino de Solesmes, na França. Desde 1883,
quando D. Joseph Pothier publicou seu Liber Gradualis,
tem-se feito um esforço muito grande para restituir ao gregoriano toda a beleza
original. [...]
ÍNDICE
PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA
DOM EUGÈNE CARDINE, O.S.B. (NOTA BIOGRÁFICA)
PRIMEIRO ANO DE CANTO GREGORIANO
SEMIOLOGIA GREGORIANA
ÍNDICE GERAL
- 349 Pag.
- 6,35 MB
- 6,35 MB
Canto Gregoriano
Livros