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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Primeiro Ano de Canto Gregoriano e Semiologia Gregoriana - Dom Eugène Cardine Livro de 1989

PREFÁCIO
(excertos)

A necessária reforma litúrgica empreendida pelo Concilio Vaticano II resultou, sem dúvida, numa grande redução no emprego do canto gregoriano nas funções da Igreja Romana. Não se deve esquecer, porem, que o Concilio não o desaconselhou mas, ao contrário, em sua Constituição sobre a Sagrada Liturgia, afirmou que “a Igreja reconhece o Canto Gregoriano como próprio da liturgia romana. Portanto, em igualdade de condições, ocupa ainda o primeiro lugar nas ações litúrgicas” (cf. Constituição Sacrosanctum Cortcilium, n° 116). Determinou também que fosse completada a edição típica dos livros de canto gregoriano e que se preparasse edição mais crítica dos livros publicados depois da reforma de S. Pio X (cf. n° 117).

Se o estudo do canto sacro, especialmente do gregoriano, continua a ocupar importante lugar na formação litúrgica dos sacerdotes, religiosos e fiéis leigos (cf. n° 115 da citada Constituição), não se pode dizer que aí termina o interesse por tal gênero de música. De fato, ao lado dos que se voltam ao estudo do canto gregoriano porque nele reconhecem o canto próprio da liturgia romana, muitos outros há que a seu estudo se dedicam porque sabem não ser possível uma formação musical séria que não leve em conta essa expressão, que foi a base do edifício da moderna música ocidental, religiosa ou profana.
Formou-se o repertório autêntico gregoriano na alta Idade Média, influenciado inicialmente pela música da Sinagoga e das Igrejas Orientais. Transmitida, no início, apenas por tradição oral, pouco a pouco a música gregoriana foi sendo colocada em pergaminhos, através de notações que hoje chamamos “semiológicas”. Porém, por volta do século XI, experimentou o gregoriano o início de uma decadência que alcançaria seu ápice nos séculos XVII e XVIII, quando não restava senão uma imagem deformada das melodias primitivas.
No final do século passado, o papa S. Pio X incentivou um movimento de restauração do canto gregoriano, iniciado cerca de meio século antes por monges do mosteiro beneditino de Solesmes, na França. Desde 1883, quando D. Joseph Pothier publicou seu Liber Gradualis, tem-se feito um esforço muito grande para restituir ao gregoriano toda a beleza original. [...]

ÍNDICE
PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA
DOM EUGÈNE CARDINE, O.S.B. (NOTA BIOGRÁFICA)
PRIMEIRO ANO DE CANTO GREGORIANO
SEMIOLOGIA GREGORIANA
ÍNDICE GERAL




- 349 Pag.
- 6,35 MB


Canto Gregoriano Livros

Canto Gregoriano - Método de Solesmes - Ir. Marie Rose, OP - Livro de 1958

Prefácio

Revma. Irmã Marie Rose,

O seu livro chegou no momento oportuno. O interesse pelo canto eclesiástico tem crescido bastante em nossa terra neste último decênio. Os amigos das castas e ingênuas melodias de S. Gregório, encontramo-los numerosos em todos os setores sociais. O próprio rádio contribuiu para torná-las conhecidas e apreciadas.

Aqui está a oportunidade da sua obra.
O seu livro é a teoria e a prática de Solesmes, vivida e replicada na Escola de Paris. O seu valor inestimável é a fidelidade à tradição dos monges de D. Guéranger. Eles reconstruíram para a cristandade um dos monumentos mais veneráveis da sua cultura, o canto litúrgico; não se contentaram em arrancar aos arquivos documentos esquecidos, com a paciência e a preocupação científica própria dos filhos de S. Bento, mas infundiram movimento, vida e beleza ao fruto de sua pesquisa. O canto gregoriano nasceu não para o gozo estético dos salões, mas da necessidade intima e profunda do cristão de louvar e engrandecer o seu Deus. Pelas melodias simples e austeras do canto eclesiástico perpassa um grande hálito sobrenatural.

O canto gregoriano é oração e oração oficial da Igreja. Deve, portanto, para não ser desvirtuado e incompreendido, ser prevalentemente, senão unicamente, apreciado sob o ângulo visual místico, isto é, como expressão vital da mística Esposa de Cristo.
É necessário que o canto litúrgico seja largamente restabelecido no uso do povo e na vida cotidiana dos seminários e conventos. O gregoriano tem de viver em nossa piedade e dar-lhe, ao mesmo tempo, cunho de profunda seriedade e serena contemplação, o que lhe é característico. É urgente...  Do contrário, essas santas e venerandas cantilenas correm risco de serem apenas amostras do passado para curiosidade e satisfação de profanos em demonstrações profanas.
Este é o momento marcado pela Providência para o Brasil ouvir a mensagem do Canto Gregoriano, mensagem universal de paz e amor. E para o Brasil ouvir esta mensagem é mister que das catedrais, das igrejas e capelas ecoem pelas praças e pelos campos e quebradas a salmódia tranquila e os transportes melismáticos do Canto de S. Gregório.
O seu livro, Irmã, concorrerá para este futuro de esplendor e faço votos, não muito distante.

Rio de Janeiro, festa de Corpus Christi - 1952
Mons. João B. da Mola e Albuquerque




- 234 Pag.
- 21,3 MB 


Canto Gregoriano Livros

 

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